Rhythm and Blues ou R&B foi um termo comercial introduzido no Estados Unidos no final de 1940 pela Revista Billboard. O termo substituiu race music, que era, em língua inglesa um tanto ofensivo. De certo modo, hoje o rótulo rhythm and blues aplica-se nos EUA a qualquer forma de música pop com artistas negros.
Em suas primeiras manifestações, o chamado rhythm and blues era uma versão negra de um predecessor do rock. Foi fortemente influenciado pelo jazz, particularmente pela chamada jump music (um jazz com predomínio de saxofone e pouca presença de guitarras) assim como pelo gospel. Por sua vez, também influenciou o jazz, dando origem ao chamado hard bop (produto da influência do rhythm and blues, do blues e do gospel sobre o bebop). Os músicos davam pouca atenção às distinções feitas entre o jazz e o rhythm and blues, e geralmente gravavam nos dois géneros. Várias bandas (como as que acompanhavam os músicos Jay McShann, Tiny Bradshaw, e Johnny Otis) também gravavam rhythm and blues. Mesmo um ícone de arranjos bebop como Tadd Dameron também produziu arranjos R&B para Bull Moose Jackson, e trabalhou dois anos como pianista de Bull Moose após se estabelecer como músico de bebop. Um dos nomes que se destacou neste género foi Muddy Waters.
Não foi só no cenário pop dos EUA, mas também no do Reino Unido durante os anos 60, que o R&B atingiu seu auge de popularidade. Sem sofrer o mesmo tipo de distinção racial que limitava sua aceitação nos EUA, os grupos musicais britânicos rapidamente adoptaram este estilo de música, e grupos como os Rolling Stones e The Animals levaram o rhythm'n'blues a grandes plateias.
O termo caiu em desuso nos anos 60, e foi substituído por soul e Motown, porém ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana abrangendo o pop, fortemente influenciado pelo hip-hop, pelo funk, e pelo soul. Neste contexto, só a abreviatura R&B é usada, e não a expressão toda.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Postado por Mais Música às 02:56
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